O ouro dos Koprowski

Ok, ando cumprindo meu papel profissional e realmente não comentando nada que não seja do meu metier, do interesse público ou puro nonsense. Especialmente me mantenho longe de conflito desnecessário. No entanto, algumas das poucas coisas que não se pode tirar da gente são nossa força, nossa honra e nossa lealdade, então vamos lá para mais um round da cansativa luta da galera do rabo preso contra Eugênio Koprowski.

Alex dos Anjos, um dos mais proeminentes bodybuilders amadores do Brasil, treinado por Eugênio, sofreu uma sanção disciplinar que o impede de participar de um importante evento de seu esporte: o Arnold’s Sports Festival. Nesta feira, o bodybuilding é organizado pela entidade IFBB (International Federation of Bodybuilding and Fitness). A IFBB tem uma afiliada no Brasil, que foi responsável por identificar a “transgressão disciplinar” do atleta e aplicar a punição. A transgressão foi Alex fazer-se presente e atuar como figura ilustre para premiação de vencedores numa competição de outra entidade de bodybuilding a pedido de seu patrocinador.

No meu entender, a absurda e ilegal punição ao Alex é apenas parte de uma história que venho acompanhando há anos. Vamos aos fatos:

* a empresa (o modelo federativo desta entidade é empresarial) IFBB não tem como documentar a sanção pela ausência da documentação de advertência prévia (troca de e-mails sobre o tema não constituem documento oficial disciplinar);

* considerar a presença de Alex no evento como transgressão conflita com o direito constitucional de ir e vir;

* por mais anti-ética que seja uma empresa (hipotéticamente…), ela não faria de graça uma ação ilegal óbvia como esta caso algo mais sério não estivesse em jogo. Nem a WADA pode comprar briga com a justiça e se perder, tem que abaixar a cabeça.

Deixo os detalhes para os colegas advogados e amigos do bodybuilding. Minha agenda aqui é outra: vejo tudo isso como parte de uma cansativa luta para extirpar do esporte aquilo que ele tem de limpo e ético e finalmente conquistar a hegemonia dos acordos espúrios. Refiro-me às seguidas tentativas de atacar Eugênio Koprowski. Alex é jovem, está no topo da carreira, mas me parece ter sido bucha de canhão nessa guerra contra Eugênio.

Eu poderia me manifestar aqui como atleta de força. Todo atleta de força, até mesmo o molequinho que comece a competir hoje na categoria teen no powerlifting, tem uma dívida com Eugênio. Eu, então, mais ainda.

Manifesto-me porém como cidadã comprometida com a ética, como amiga da família Koprowski e como ser humano com algum sangue nas veias, capaz de se indignar com tamanha e persistente perseguição.

Entendo perfeitamente que a IFBB internacional apresente uma série de irregularidades. No entanto, não foi um representante estrangeiro que veio pessoalmente vistoriar por onde andava Alex. Foi daqui do Brasil que partiu a decisão e iniciativa que levaram a esta decisão, agora de âmbito internacional, de puní-lo com a exclusão da participação no Arnold’s.

Eu precisaria de evidências fortes para descontruir a hipótese que formulei de que há uma relação entre todos os fatos que venho observando desde 2009. Foi quando minha proximidade com a família permitiu que, abismada, eu testemunhasse ações que não têm outro nome além de assédio e perseguição.

* Eugênio e Rodrigo Koprowski foram acusados seguidamente de crimes não cometidos em suas gestões nas federações paulista e nacional afiliadas à NABBA;

* Seus nomes foram envolvidos em um sem número de campanhas de boato, das mais estapafúrdias às mais bem boladas;

* Inquéritos sem fundamento foram abertos para averiguar, de novo, crimes não cometidos e dispêndios com a organização esportiva;

* armadilhas em acordo com órgãos da imprensa foram armadas contra pai e filho, invadindo seu espaço doméstico;

* uma paralisia com consequências catastróficas para o esporte foi produzida por estas complicadas manobras dos inimigos da família Koprowski;

* os supostos “dados incontestáveis” apresentados à opinião pública foram a mais vergonhosa manipulação: bastava que alguém usasse uma calculadora para desfazer a proposição de que teria havido dispêndios injustificados e desvios.

Sinto-me muito à vontade para me manifestar porque conheço a intimidade da família, frequento suas casas, conheço até mesmo as finanças de projetos como a revista ou os cursos – enfim, eu, como uma porção de “agregados” dos Koprowki vi com meus olhos tudo de perto. Eles nunca esconderam.

Cheguei a produzir uma sequência de crônicas de humor que apelidei de “o ouro dos Koprowki”, durante o episódio mais recente da armadilha quanto aos supostos desvios de verba. Nela eu sugeria a hipótese de que haveria uma porta secreta na modestíssima casa no bairro Jardim São Luis (que até um passado não tão remoto ainda era área limitrofe da condição de bairro muito pobre ou favela) que levaria a uma mansão subterrânea. Lá, sim, o “ouro dos Koprowski” seria ostentado, com torneiras de ouro cravejadas de esmeraldas. Numa outra crônica eu sugeria que este ouro já estaria num paraíso fiscal no Caribe, onde, em breve, toda a família se reuniria para tomar margaritas em seus iates.

Não satisfeitos em atacar Eugênio de todas as formas possíveis, de corroer a paz da vida de seus filhos, em especial de Rodrigo, educador físico que acorda às 5 da manhã para desempenhar sua função de funcionário público, agora atacam Alex, o atleta. Mas eu não acho que ele é o alvo. O objetivo é, mais uma vez, atacar e desgastar Eugênio. A tese apresentada pelos representantes brasileiros da IFBB é que Alex foi punido porque “seu técnico” (Eugênio) agiu de forma irregular e irresponsável.

Caberia um “chega” aqui, mas me abstenho. Acho que o posicionamento específico quanto ao que ocorre no bodybuilding cabe aos membros de sua comunidade. Não me meto no esporte alheio.

Minha manifestação é uma declaração de indignação e revolta contra a perseguição sistemática aos Koprowski.

Não quero me calar porque o resultado do sucesso de uma empreitada criminosa destas seria aos poucos apagar a parte boa da memória dos esportes de força do país. Mais ainda: da memória institucional do país. Seria como que jogar a toalha e desistir, admitir que é isso mesmo e os bandidos sempre vão ganhar. Que devemos abaixar a cabeça e pronto.

Pode até ser que ganhem – não tenho bola de cristal.

O que sei é que vou continuar falando. A palavra é minha e esse espaço é meu.

Vou continuar defendendo o verdadeiro ouro dos Koprowski, que é o legado de honra, dignidade, inovação e resistência ética.

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