O caso Mamut Strong – Marilia Coutinho

Dia 9 de fevereiro de 2015, a empresa Mamut Strong fez uma proposta de parceria onde:

  1. eu teria uma linha de equipamentos assinada por mim. Como são relativamente novos no mercado e o dono não goza de legitimidade na Educação Física ou esportes, a ideia era ter a mim e a Dragos Stanica, técnico da equipe brasileira de levantamento olímpico, como consultores técnicos e nomes em linhas de equipamento.
  2. eu seria atleta patrocinada

 

O contrato não veio e, muito entusiasmada, fui prestando os serviços que me eram solicitados, tais como:

– elaborar os termos de missão e definições da empresa

– criar conteúdo para o site da empresa

– reelaborar as definições técnicas dos equipamentos para o site e catálogo da empresa, que continham erros

– assessorar o dono da empresa, Joathan Sodré, em mais ou menos tudo, desde elaborar sua apresentação em congressos até recebê-lo por um fim de semana em minha residência para um “intensivão” sobre equipamentos

 

Foi assim até o momento em que eu me dei conta de que estavam passando os meses e eu não via contrato e nem dinheiro. Dia 25 de maio,  Joathan propôs a realização de um evento multi-esportivo com competições e demonstrações, em Goiânia. Meu parecer técnico era que isso seria possível com um ano de preparação, desde que os recursos para contratação de terceiros não fossem limitados, pois é um projeto caro onde ninguém, exceto eu, tem experiência alguma no círculo dele. Ao contrário da minha recomendação, ele marcou o evento para Agosto. Ligou pelo menos 15 vezes para minha casa, interrompendo (como sempre) o que eu estivesse fazendo, de modo que eu só consegui agressivamente inviabilizar o evento ao cortar seu acesso a mim. Sem minha participação, seria impossível organizar o evento, que já era impossível.

Nesse momento eu percebi a natureza da relação entre a empresa e eu: obter a maior quantidade possível de serviço sem pagar e usar meu nome para legitimar produtos que eu não teria tempo para supervisionar, pois Joathan estava ciente de que eu viajaria para competir em Outubro e ficaria vários meses fora do Brasil.

Exigi um esboço de contrato e estipulei que essa era a prioridade na nossa relação. Dei um prazo. Não foi cumprido. Dei outro prazo e condicionei a continuidade da negociação de parceria a ele. Se a Mamut não apresentasse um esboço de contrato até aquela data, estaria terminada a negociação e eu apresentaria a conta de serviços prestados, com os valores que o próprio Joathan havia me solicitado alguma tempo antes do episódio.

Dia 16 de junho de 2015 a conta (no valor de R$15.000,00 que, honestamente, não cobre tudo que eu fiz)  e desde então não houve nenhuma comunicação. Jamais pagaram ou tentaram negociar as condições de pagamento.

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