Um outro artigo meu sai esses dias no Ironpump sobre o o XXIII Campeonato Sulamericano De Powerlifting, que aconteceu o fim-de-semana passado (entre 8 e 10 de Setembro) no Clube Paulistano. Mas aqui ficam minhas impressões pessoais, aquelas de alguém que não foi como atleta, mas acompanhou de perto a organização e as pessoas mais envolvidas.
Um campeonato de powerlifting é sempre exaustivo. São seis categorias de idadade (pré-junior, Junior, sênior, máster I, máster II e máster III), 11 classes de peso para homens e 10 para mulheres. Num campeonato internacional, cada país pode levar um atleta por cada uma dessas 126 categorias hipotéticas.
Neste, eram 123 atletas de 6 países sul-americanos. O Brasil levou a maior equipe, com 21 mulheres (52,5% do total de atletas) e 45 homens (54% do total). O desempenho foi aproximadamente equivalente à participação, com um resultado masculino melhor que feminino:
Masculino |
|
|
País |
% do total de atletas |
% de primeiros colocados |
Br |
54 |
60 |
Ar |
8 |
20 |
Eq |
25 |
20 |
|
|
|
Feminino |
|
|
País |
% do total de atletas |
% de primeiros colocados |
Br |
52 |
33 |
Ar |
10 |
11 |
Eq |
32 |
44 |
Levamos o primeiro lugar em tudo que pesasse mais que 90kg – somos um país de monstrões. A esse favoritismo nas classes mais pesadas se somou minha percepção subjetiva de que são elas que realmente atraem a atenção do público e dos atletas. A distribuição dos atletas por categorias de peso faria prever que entre as mulheres, não haveria diferença no grau de competitividade entre as categorias de 52 até 75kg, com um número semelhante de atletas, assim como as mais disputadas masculinas estariam entre 67,5 e 82,5kg. Vale para as mulheres mas não para os homens. Talvez porque as cargas, a partir de 90kg, sejam realmente muito altas e exijam uma performance excepcional dos atletas.