Sobre organização de campeonatos da ANF longe do estado de São Paulo – questões sobre a “volta ao básico” e re-educação para o Powerlifting

  1. O powerlifting no Brasil atingiu um estado de caos, negligência, “vale-tudo”, desrespeito aos fundamentos do esporte e distanciamento dos padrões internacionais que levou a mim e ao grupo que está comigo na ANF a tomar algumas decisões.2. Estas decisões foram tomadas não sem antes consultar as matrizes (as presidências do WPC e IPL), coisa que poucos representantes nacionais fazem com a nossa sistematicidade. Assim, ainda que, segundo as regras e procedimentos da IPL (International Powerlifting League) e do WPC (World Powerlifting Congress), muitas atividades e formas de execução do esporte sejam permitidas, eu obtive autorização para determinar uma MORATÓRIA NACIONAL nas mesmas. Tendo esta autorização, a decisão é OFICIAL.

    3. A MORATÓRIA inclui:

    a. suspensão de campeonatos equipados por um período mínimo de dois anos;
    b. suspensão do uso de monolift por um período mínimo de dois anos;
    c. suspensão de todas as combinações de levantamentos exceto FULL POWER e SUPINO SINGLE LIFT. FULL POWER é o termo atribuído à forma tradicional do powerlifting, executado na sequência obrigatória AGACHAMENTO, SUPINO E LEVANTAMENTO TERRA, com desclassificação geral caso um levantamento seja mal sucedido (três movimentos inválidos)
    d. isso significa nada de “push-pull” (a famosa combinação supino e terra) pelo tempo que considerarmos necessário

    4. O motivo desta moratória é a decisão de gerar um espaço de moralidade e ordem no esporte (não confundir com alguma intenção messiânica e autoritária de “moralizar o esporte”, isso não nos compete e nem a ninguém). Assim, decidimos gerar um foco de EDUCAÇÃO para o powerlifting, onde ele seja executado, primeiro, da maneira mais básica e estritamente tradicional possível. Aos poucos, segundo nosso julgamento, podemos introduzir as demais modalidades de execução. No entanto, antes de mais nada, é preciso que ofereçamos aos jovens a oportunidade de entender o que é esse esporte. É literalmente uma VOLTA AO BÁSICO. Nós temos discernimento para saber o quanto isso deve durar. Pelo que eu vejo, pelo quanto notamos que os jovens não sabem sequer o que é o agachamento e como ficam felizes e fascinados quando ensinamos, isso vai ser nosso foco por muito tempo.

    5. O núcleo de pessoas que tomou esta decisão encontra-se no estado de São Paulo. Temos pessoas no Rio de Janeiro com este pensamento e, claro João Pessoa, Paraíba, comAlberto Sarly Coutinho. Também temos o Espírito Santo com uma tradição sólida, comRicardo Bispo. Fora destas regiões, o problema é ter controle do que será de fato implementado. Assim, para os atletas das demais regiões, nos desdobraremos em esforços para que venham para cá. No entanto, não autorizaremos a realização de eventos que não sejam sob nossa ESTRITA SUPERVISÃO E AUTORIDADE. A infeliz prática de “emprestar a bandeira”, cobrando, para isso, o valor de R$3.000,00 (até taxa fixa o mercado paralelo tem), simplesmente é ABOMINADA pela ANF e rejeitada firmemente. Não vemos outro jeito de garantir nossos objetivos.

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