Hoje fui treinar na primeira filial brasileira do Gold’s Gym, aqui em São Paulo, no Morumbi. Trata-se de uma cortesia da academia, oferecida através de um amigo atleta. Pretendo escrever um artigo mais longo a respeito – será disponibilizado no IronPump e tb no meu site, acho. Mas queria dar as primeiras impressões.
Fica anexo a um Carrefour e entrada pelo estacionamento é a mesma. A sala de musculação é visível pelas portas de vidro da entrada e não podia deixar de ser: parece um show room de primeira linha. À distância não se vê qual é o equipamento: esse impacto fica para depois.
Então temos a recepção. Há um balcão de recepção, com materiais administrativos e duas pessoas absolutamente solícitas, sendo você aluno ou não. Ao lado, mesas de gerentes, que não ficam “lá dentro”, e sim à disposição de qualquer visitante.
O atendimento é AAA++++.
Pedi para conversar com a gerente que meu amigo indicou, sentei, preenchi um cadastro e falei que tinha um site, que era moderadora de um forum e que gostaria de escrever um artigo sobre a minha visita, falando da academia do ponto de vista de um atleta. Não apenas me permitiram acesso total às instalações, como fui apresentada ao gerente, Maurício, e ao proprietário da filial, Joseph. Conversamos por uns 10 ou 15 minutos, recebi a mais completa atenção e os dois me contaram como a Gold’s se preocupou em desenvolver uma metodologia para “tropicalizar” o serviço da Gold’s internacional, uma vez que estão abrindo filiais por toda a America Latina. Ainda não sei exatamente os conceitos desse interessante método – ficamos de conversar mais depois.
Fui atendida pelo Elói, um professor que me perguntou do que eu precisava e se colocou à minha disposição. Percebi que ele se preocupou com o que eu faria ali (preocupação com a segurança do aluno) e se ofereceu para criar um treino para mim, caso eu precisasse. Eu disse que tinha o meu e ele me perguntou qual era. Respondi, quase que sem preocupação com resposta:
(eu) – ah, é um Westside Barbell Hybrid modificado (não tinha a menor expectativa que ele soubesse o que era isso, já que eu mesma não sabia há dois meses atrás, quando o Mojo ou o Pablo ou não me lembro quem me deu um link para um site do WB)
(Eloi) – sei. Você compete em Powerlifting?
???????????????? (ele sabia!)
(eu) – não, estou testando para o treinamento de um amigo que compete.
(Eloi) – sei. Mas vc trabalha na área?
Bom, ficamos amigos, trocamos e-mails, sites (ele tem um site: www.keeptraining.com.br) e eu fui treinar.
Fiz o melhor treino de Terra da minha vida. Sem brincadeira: levantei, na OITAVA série, com quatro repetições 68kg. Fadigadaça. Pensem no que é isso em termos de 1RM. Nem eu sabia que estava nesse nível.
Agora: onde eu estava? Na sala de musculação mais absurdamente bem equipada que já vi na vida. Morei nos Estados Unidos. Treinei, na Florida, numa das academias que é considerada parece que uma das 10 melhores no país. Juro pra vcs: a Gold’s do Morumbi é melhor. Olhei em volta e tive duas impressões:
1. morri, fui julgada uma boa menina e estou no céu;
2. estou no show room da Life Fitness/Hammer Strength/Nimitz
É isso. É uma espécie de sonho de qualquer pessoa que gosta de treinar pesado. Eles têm tudo, absolutamente tudo. Só que você fica até com medo de pegar nas coisas: é tudo novinho, emborrachado, perfeito, cheirando carro novo. Suei feito uma vaca prenha em cima das coisas e fiquei com vergonha de estar sem toalhinha, sujando os dumbells tão saídos da fábrica com toda aquela água salgada.
Não é de forma alguma uma academia de maromba. Nem perguntei o preço, mas pelo público, deve ser cara. Aliás, não havia um único aluno mais treinado lá dentro – no horário em que eu fui, às 8:00h, apenas mulheres e homens entre 35-50, saindo do sedentarismo. Suponho que à noite os marombeiros com grana apareçam – naquele momento, só eu.
No entanto, mesmo pegando pesado, fazendo barulho, fui muito bem-tratada por professores e alunos. Não teve essa de frango e pera fazendo cara feia para “a bombada”. Há um clima de respeito e tolerância lá dentro.
Estou ainda em estado de graça, totalmente seduzida, como criança que come o doce de Natal.
Acho que se eu tiver que dar de presente de aniversário, algo MUITO legal mesmo a um amigo, daria a oportunidade que tive de treinar uns dias na Gold’s. Nós dizemos que não faz diferença o equipamento, que qualquer equipamento pesado faz o serviço e tal. Teoricamente é verdade. Mas será que é assim mesmo? Será que aquele ambiente todo perfeito, silencioso, limpo, com equipamentos de última linha, não fez diferença? Então por que, até hoje, o máximo que consegui levantar nas últimas séries deste treino, na Runner, foi 120lb, tendo uma vez acho que chegado a 130lb, o que corresponde respectivamente a 54.6kg e 59kg? E hoje levantei 68kg, com três repetições, em estado de perfeita fadiga?
Não sei.
Amanhã tem mais e vou tirar fotos de tudo – me deixaram!
Marilia